Aviso: O texto abaixo contém spoilers, leia por sua conta em risco.
E nessa onda de vazamentos, o piloto da Supergirl é mais uma série que entra pra lista do “Caiu Na Net“, com direito a resolução em HD e tudo. A essa altura você leitor, e quase todo mundo já deve estar careca de saber disso, e provavelmente já viu o episódio, facilmente encontrado nos torrents da vida. Bom, eu também fui conferir o resultado, mas lento que sou pra escrever, venho somente agora compartilhar algumas das minhas impressões aqui.
Meu primeiro pensamento em relação a esse episódio foi: Nada mal. Talvez fosse a minha baixa expectativa por conta daquele trailer horroroso que eles lançaram, ou talvez fosse por achar que uma série da Supermoça dificilmente engataria sem a presença do seu primo famoso (sem ofensa, gosto da personagem, mas acho que uma série da Mulher-Maravilha ou da Zatanna seriam muito mais legais), mas não é que eu até curti esse piloto. Não se enganem, ele não tem nada de revolucionário, ou espetacular. Na verdade, ele é meio genérico. Mas é bem feitinho, e consegue sim divertir.
A história começa com Krypton prestes a explodir. Kara Zor-El (Melissa Benoist) nos conta, via narração em off, como foi enviada para cuidar de seu primo recém nascido, pouco antes da destruição de seu planeta natal. Algo acaba dando errado e ela vai parar na Zona Fantasma, onde o tempo praticamente não passa. Anos mais tarde quando ela finalmente chega a Terra, reencontra Kal-El já atuando como Superman, enquanto ela continuava sendo uma adolescente de treze anos. O azulão então decide leva-la para morar com os Danvers, casal de cientistas que o ajudou a entender seus poderes, para que assim como ele, ela possa crescer em lar seguro e feliz.
A premissa é um apanhado de varias fases da personagem, pós e pré Crise, e até que se sai bem. Os efeitos de Krypton não são lá grande coisa, mas gostei da silhueta das naves. Achei legal a sacada de manter o Super meio que oculto, ofuscado pelo brilho do sol. A participação do Dean Cain (o Super-Homem de Lois & Clark) e da Helen Slater (a Supergirl do filme de 84), ainda que em uma única cena como os Danvers, também é bacana.
Melissa Benoist tá legal no papel da Kara. Bonita, carismática, e com um bom timing cômico, ela parece à vontade na pele da personagem. Assim como Grant Gustin de The Flash, ela é outra saída diretamente de Glee. E igual à série do CW, Supergirl parece se inspirar bastante no Aranha do Sam Raimi para construir sua personagem. O produtor Greg Berlanti usa a mesma formula que aplicou no Barry com a Supermoça. Sim, a Kara de Melissa não é aquela Supergirl espevitada, que não leva desaforo pra casa que todos conhecem. Ela faz mais o tipo tímido, meio estabanado, que ainda está tentando encontrar seu lugar e papel no mundo. É uma mudança aceitável. E funciona bem até. A série é voltada para um público mais jovem mesmo, então nada mais justo do que facilitar essa identificação criando um personagem com dilemas mais relacionáveis para eles.
O tom desse primeiro episódio também me lembrou um pouco a aura dos filmes do Christopher Reeve, colorido, light, com um protagonista meio dorky. Mas ainda é uma serie bem teen. Até aí demérito nenhum (gosto é gosto). Mas os momentos dela com a irmã, Alex (Chyler Leigh), são tão chatos. E sendo da CBS podem esperar mais desse toque família.
Esse piloto é até menos parecido com uma comédia romântica do eu julguei que seria. Tem o amigo apaixonado tentando sair da friendzone, mas isso não ocupa tanto espaço da história assim. E o personagem é até engraçado em alguns momentos. A trama tem uns toques a lá O Diabo Veste Prada, mas a Cat Grant da Calista Flockhart é muito menos egocêntrica e chata do que a chefa diabólica vivida por Meryl Streep. Na verdade trazer tanto a Cat, quanto o Jimmy Olsen (Mehcad Brooks), aproxima a história do universo do Super de um modo sutil, com eles servindo de mentores para Kara em sua jornada.
As cenas de ação conseguiram me convencer. O resgate do avião ficou bacana, e mais Super-Homem que isso impossível. Vortax (Owain Yeoman), o vilão do episódio em si é bem fraquinho. Já nesse episódio fica visível que a ideia é ter um novo inimigo por semana. Isso não me agrada muito, mas como eles também estabelecem uma ameaça maior, que deve ser o arco principal da série (tipo o lance do Flash Reverso), com a Tia dela fazendo o papel de Zod da vez, pode ser que a trama empolgue mais no futuro. Sem contar que ainda tem o Hank Henshaw na série, que nos quadrinhos se torna o vilão Superciborgue.
Enfim, pra quem não dava nada pela série, até que curti esse piloto. Não é perfeito, mas é redondinho. É algo que eu assistiria se tivesse passando na TV. Não me agrada muito ele ser um desses seriados de vinte e tantos episódios, com um vilão novo a cada semana (I’m too old for that shit, como diria o Det. Murtaugh), mas demonstrou ter potencial. Há tantas coisas que podem ser introduzidas futuramente, e eu realmente espero que sejam, pois dificilmente veríamos no universo do Superman feito pelo Zack Snyder, como a cidade engarrafada de Kandor, a Legião (Já pensou que foda?!), ou até mesmo o Superboy (de preferência aquele dos anos 90, desbocado e com jaqueta de couro).
E sejamos honestos, já passou da hora de investirem em mais séries de heróis protagonizadas por mulheres, né? Já que o cinema não sai desse vai não vai, que a TV assuma a dianteira, e dê as mulheres seu devido destaque.
Ainda é cedo pra dizer se a série será um sucesso, ou um fracasso, mas vale a pena ficar de olho, e ver o que a Supergirl tem a oferecer.
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Poxa, eu to assistindo e to adorando! Pra mim não falta nada! Perfeito! Adoro a supergirl.Melissa Benoist,ta arrasando. Abçs
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Obrigado pela visita, Marina. Eu também tenho gostado da série (embora com algumas ressalvas). As últimas aparições me surpreenderam bastante. E a Melissa tá um arraso mesmo. Show de carisma. 😀
Bjs!
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Cara, vc escreve muito bem! Ainda não assisti mas tô tentada a baixar tbm… mas sei lá, sempre aparece uma outra coisa pra fazer haha.
Vms ver se ganha espaço, tomara que sim.
Bjs
http://www.belezurasetravessuras.com
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Opa… Obrigado! Sei bem como é isso. Fica dificil encontrar tempo pra assistir tudo o que sai com tanta série boa por aí, e a gente cheio de coisa pra fazer. rs
Bjs!
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